segunda-feira, 30 de abril de 2012

Então a alma penetra na escuridão, porque diante da falência das virtudes, das quais nada mais espera, já que não as possui, só lhe resta penetrar nas trevas. ( Sêneca, da tranquilidade da alma)


breu,breu
todas as máximas : breu!
Não era afora:
nem eclipse azulado ou
lua  em si afundada
que aniquilou ou escureceu mais
a  minha vaga estrela morta


Não era também o íntimo
decadentismo próximo a medula
que atribuíam aos estremecimentos
recrudescidos na fisiológica
anima mea


Nem havia nada acovardado ao futuro :
ri-me dele:
uma tela azul,
cores pixeladas ou arco-íris portáteis
não poriam de cócoras
as sentenças do meu pensamento.


E qual escuridão afanava-me o verbo?
punha a luz logosófica como farsa?
Não o sabia: era  breu
um forte esclarecimento entre tudo o
que havia por antes mal avaliado e
o  todo enegrecido que assassinava  uma mentira luminosa.




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