terça-feira, 1 de maio de 2012

um hercúleo adolescente escritor e o bibliocídeo de uma biblioteca municipal




Opositores em série:
uma turva visão:
um, dois , três
socos ao ar
a revelia de dores
e jabs na face,
 murros no  estômago.

Eu não cedo:
aumentam as dores
devem estar cansados
e mo gritam urros potentes
como força última.

Eu me engano:
o socos aumentam.
cada qual, fantasmas
de natais passados e futuros
mostram minha miséria
vindoura , já feita
e as feitas pelos meus pais
( e não cessam de me espancar)

A esta hora em que já cuspo sangue
apelo para deuses pagãos,
hebreus, monotéista
politeísta
mas, nada;
se são demônios
não se exorcizam
se são anjos
são do apocalipse

|Eis que a dor pára
(não pára em verdade
mas já não a sinto tanto)
seguro, suporto,
revido furiosamente
com ignóbil indiferença.

As coisas começam a parar
uma a um os golpes páram
e eis que tambem um à um me deixa
com pavor ,como brisa,
ao me ver sentar na escrivaninha e
começar a escrever. Criarei
meus próprios diabos
,o sabem bem,
não preciso mais deles
senão como referência apagada
de uma dor menor documentada.

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