sexta-feira, 30 de agosto de 2013

sardas


sardas, constelações na pele...eu pensava desde menina
.
Mas
perseguia-me uma velha mucama na infância,
queria retirá-las uma a uma
com um unguento e uma benção qualquer,
mas como poderia?
Seria como apagar as estrelas
-argumentava para ela -
deixaria o céu negro, sem um ponto luminoso para que
,num futuro sem bússola,
quem de amores por mim caso se perca
não me encontre por partes, mas sim já por inteiro?
.
 Quão perigoso seria desorientá-lo, desorientar-me ,
se o beijo dado não indicasse o cruzeiro do sul, o meu rosto,
mas já um sem-guia em rumo a todo o zodíaco do meu corpo.

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