Bem quero Friné, sem pedir-lhe apreço
d’avaro amor que por mal a todos paga
se a onero ao fremer que nem bem lh’ afaga
na vã desgraça ao dolo entorno ao bom preço.
.
Mal quer Friné, ceder-me ao custo em avesso
Se má Fortuna aos bens gentios só traga
compensa ao doer se um vulto vão lh’ apaga
A Luz noturna que em hostis careço;
.
Diurnas são outras solares oferendas
Se ao amor friné passeia e m’arrebata
A mo amar toda de graça às Kalendas;
.
Qual vestido a corar ouro , a prata
Amarrar-me-á às tênues sedas, fazendas
Que da noite só ao dia outro mo desata.
18/10/ 2010 modificado em março de 2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário